repercussão

Municípios da região negam aplicação de doses vencidas da vacina de Oxford/Astrazeneca

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Prefeituras da região negam que tenham aplicado doses vencidas da vacina de Oxford/AstraZeneca. A possibilidade foi levantada por uma reportagem da Folha, publicada na sexta-feira. Conforme a publicação, 26 mil pessoas, em 1.532 municípios do país, incluídos oito da região central do Estado teriam tido o problema. A Folha de São Paulo levou em consideração as datas de validade e datas de aplicação informadas em bases de dados do Ministério da Saúde. 

Entretanto, todas as oito prefeituras da região afirmam que as doses foram aplicadas antes do vencimento. Em Santa Maria, conforme os dados da Folha, foram quatro doses do lote 4120Z005 que teriam vencido em 14 de abril e aplicadas após a data na Unidade de Saúde José Erasmo Crossetti. Ainda na sexta-feira, o Executivo informou em nota que as quatro doses citadas pela reportagem tiveram a aplicação entre janeiro e março para profissionais da saúde e idosos, antes do vencimento, em 14 de abril.

- Todas as doses chegam com uma nota e um controle rígido. Essas doses foram aplicadas de janeiro a março. Nós temos esse controle pelo setor de imunizações e pelas equipes que estão trabalhando devido a questão da carteirinha. Temos também um controle no sistema. Todos são humanos, então pode ser que, às vezes, pode-se errar alguma data na hora de lançar os dados no sistema - explica o secretário de Saúde, Guilherme Ribas.

REPERCUSSÃO NA REGIÃO

Segundo a Folha, sete municípios da região central aplicaram doses vencidas

  • Quevedos - 7 doses
  • Rosário do Sul - 3 doses
  • São Pedro do Sul - 3
  • São Sepé - 3 doses
  • Restinga Sêca - 2 doses
  • São Gabriel - 1 dose
  • Santiago - 1 dose

Em nota, a prefeitura de Rosário do Sul afirmou que todas as vacinas do lote 4120Z005 foram aplicadas dentro do prazo de validade. O Executivo também ressaltou que faz a aplicação das doses assim que recebidas no município.

A prefeitura de Quevedos, por meio das redes sociais, reforçou o posicionamento do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de que não foram aplicadas doses vencidas da vacina de Oxford/AstraZeneca. "Data da digitação dos dados do vacinado não necessariamente corresponde ao dia efetivo de vacinação", disse o Executivo, em nota.

O município de Restinga Sêca também emitiu uma nota, assinada pela secretária de Saúde, Jocelaine Brauner, e a enfermeira responsável pela sala de vacinas municipal, Luana Pozzatti. O texto afirma que todas as 100 doses recebidas pelo município em 25 de janeiro foram aplicadas até 3 de fevereiro, antes do fim do prazo de validade.

Em nota, a prefeitura de São Gabriel também confirmou que todas as doses do lote foram aplicadas ainda em janeiro, antes do vencimento.

O secretário de Saúde de Santiago, Eldrio Machado, também assinou uma nota em que afirma que todas as doses do lote foram aplicadas ainda em janeiro. "Num total de 670 doses, foi recebido pela secretaria de saúde de Santiago no dia 25 de janeiro de 2021. No dia 26 de janeiro foram todas distribuídas aos ESFs e Centro Materno Infantil para imediata aplicação", diz a publicação.

O secretário de Saúde de São Pedro do Sul, Bruno Pinheiro, também descartou a possibilidade de aplicação das doses fora do prazo de validade. Conforme ele, o dado é resultado de um erro no sistema do Ministério da Saúde.

- Essas doses foram aplicadas no começo do ano, em janeiro, dentro do prazo - disse.

A prefeitura de São Sepé informou que está realizando um levantamento para comparar os lotes mencionados com os lotes recebidos no município e deve emitir um posicionamento em breve. Assim como outras cidades brasileiras citadas na reportagem, como é o caso de Belém, Chapecó e Maringá, todas cidades citadas negam a aplicação em segunda dose. Porém, confome a reportagem da Folha, as datas de aplicações das vacinas na base de dados do Ministério da Saúde são após o vencimento dos lotes. 

A Secretaria Estadual de Saúde do Rio Grande do Sul e a Fiocruz, fabricante da vacina, também se manifestaram sobre o caso. O Ministério da Saúde divulgou, no twitter, que os prazos de validade dos imunizantes são rigorosamente checados e que "qualquer erro de imunização, como a aplicação de doses vencidas, deve ser notificado no sistema e-SUS". Ainda segundo a publicação, os municípios que tenham aplicado doses vencidas são orientados a fazer busca ativa e monitorar os casos. 









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